4 de mar. de 2009

Beleza tem fundamento?

Estava eu a navegar em alguns blogs, olhando promoções, dicas, e até me deparei com vídeos que ensinam a passar batom vermelho... (eu amo!)
E caí em um que fala sobre o conceito atual de beleza. Fala sobre as crianças, tão pequenas, mas tão dispostas a serem pequenas adultas, que esquecem em que fase estão. Sei que o mundo muda, mas certas coisas nem sempre mudam para o melhor.
Sempre achei que criança tem que ser criança, e fui das que pulava em poças de lama com bicicleta, pulava elástico na calçadas, e jogava caracol. um tipo de amarelinha com território.
Hoje, mais velha, estou encarando a responsabilidade de pensar em um futuro com casa, casamento, maridos, e esperando que os anos me permitam ter 3 filhos!
E já penso, pelos meus futuros filhos, que destino os reserva. Serão crianças em um mundo em que a beleza física é parte de uma obrigatoriedade?
Não só o conceito de roupas, e maquiagem, que atinge crianças; sim, crianças de 5,6,7, até seu 15 anos, cujo maior momento sempre eram os bailinhos de 15 anos. Hoje em dia, desde novas, elas querem cabelos lisos e compridos, serem tão magras, esquecendo da necessidade da alimentação para que seus corpos se desenvolvam adequadamente, ou que permita-as serem saudáveis ou altas. As porcarias químicas da comida atual dão a elas, quadris, bumbuns, seios aos 11, 12 anos, mas não dão a saúde necessária. São garotinhas comparadas a moças de 18 anos, que ainda nem passaram pelos testes de oitava série (sei lá qual a classificação atual, não vou me recordar no momento).
Me perdoem o desabafo, mas fico indignada com essa obssessão cruel e sádica por beleza. A beleza é mais que um corpo magro, alto, ou maquiagens e roupas de moda. É o seu bem estar, uma saúde adequada, um corpo preparado para um futuro materno, é uma sensibilidade, uma personalidade. É jeito de pensar, agir. É ser alguém diferente de todo mundo, e ao mesmo tempo, ser alguém como outros.
Sempre fui uma figura fora dos padrões. Detestava barbies de roupas e saltos altos. Gostava de carrinhos e bicicletas. Andava de pés no chão e ralei meus joelhos. Tive amigos entre garotos e garotas. Saí muito, paquerei numa sorveteria.
Nunca fui magra, sempre gordinha, sempre acima do peso, mas sempre feliz. Um sorriso nos lábios, uma gargalhada divertida (eu não rio gente... eu gargalho! Eu só faço quando tenho vontade... rir forçado é a pior coisa que existe para mim!), um ombro amigo. Gostava de ser meio centro de atenções pelo choque que podia causar, e não pela beleza. Amo roupas pretas até hoje, e as correntes e pingentes góticos e roupas dark. Gosto do estilo lolita, de visual rock. Adoro cabelos multi coloridos, música pesada E de clássicos. Sempre mandei os outros passearem quando não gostavam da minha aparência. Eu sou mais eu mesma.
Claro, hoje, tenho que me adaptar ao mercado de trabalho para ter um sustento e um futuro, mas isso não impede que eu tenha meus charminhos, e use alguma coisa para quebrar o visual de mulher séria-madura-que-trabalha-fora. Sou também uma amélia, que gosta de cozinhar, fazer compras e artes manuais. Adoro crianças, e não ligo para ser babá.
Sinceramente, sou muito mais feliz que certas meninas que gastam a vida, a saúde e o dinheiro para serem belezas cósmicas que passam arrastando quarteirões.
Serei uma (bis)avó gorda, baixinha, que todos vão sentir minha falta um dia, e não uma velha encarquilhada que só se lembra do tempo em que era um "pitéuzinho". Uma avó, que espero eu, como Dona Benta, com (bis)netos no colo, docinhos e histórias, crianças saudáveis e cientes de que são lindos do jeito que são.
E vocês? =)

Para dar uma olhada no link sobre o que me fez vir escrever tudo isso, entrem em:
http://esmaltenope.blogspot.com/2009/03/sobre-vaidade-infantil.html

5 comentários:

milena disse...

Apoiada!!! Concordo com tudo!!
Bjos
Milena

Gezinha® disse...

Obrigada pelo voto!
Vou add seu blog.
Concordo com vc, criança tem que ser criança, brincar, correr, sujar sem se preocupar com o mundo e seus padrões.
Abraços
Gezinha

maiu :) manchinha da vaca disse...

Oiii amoreee, saudades!!!
Ai eu pelo menos tive minha infancia gostosa, e a maior parte brincava brincadeiras de "moleque" kkkkk já que convive a maior parte da infancia com meus 2 irmãos e meus 3 primos, já que minhas 2 irmãs não estavam mais morando aqui comigo então imagina a zona. Andar de bicicleta, jogar bola, soltar pipa, andar de carrinho de rolimã, entrar em lugar que não pode e acabar se sujando toda kkkkkkkkk coisas assim fizeram eu ser o que sou hoje, uma muleca ainda kkkkkkkkk
fica bem amore, amo vc desse seu jeito super fofa, simpatica, alegre, com um coraçao enorme, nao mude nunca! beijao!!!

Anônimo disse...

Oi Yui-chan!!!
Adorei o que escreveu, eu e Sonia sempre fomos molecas quando criança, do tipo que quebra o braço e deixa os pais birutas rsrsrs
Quanto a beleza, cada um de nós tem uma. Cada um tem seu jeito,e não é porque se é magra e alta que a vida é mais fácil. Todos tem que ganhar a vida e buscar a felicidade.
Beijossss amiga!!!

Ateliê Da Lagartixa disse...

Passei para desejar um Feliz Dia das Mulheres!!!
bjs de lagartixa!